
Atualmente,
vivi-se um surto inédito de Microcefalia em alguns estados do Nordeste, com a
Paraíba o segundo Estado a se detectar os primeiros casos suspeitos. Sendo decretada
Emergência em Saúde Pública de importância Nacional em 11/11/2015 pelo
Ministério da Saúde. “Revelando ainda frente ao último Boletim divulgado pela
Secretaria de Saúde do Estado, que a Paraíba teve um aumento de 144 casos
suspeitos em apenas uma semana”. Dado extremamente preocupante, apensar de
ainda não serem confirmados. Relata o
Gerente Regional de Saúde, Dr. Évio Lucena.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a microcefalia é uma malformação
congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada para idade e
sexo. As microcefalias podem ser causadas por fatores biológicos, genéticos,
ambientais, químicos ou físicos. De acordo com o Protocolo da Vigilância da
Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, os critérios de notificações para a
Microcefalia, estão sendo detectados durante a Gestação, na vida intrauterina e
no Pós-parto com recém-nascido entre 37 a 42 semanas de gestação, com perímetro
cefálico aferido ao nascimento igual ou menor que 33 cm, ou Pré-termo: recém-nascido,
menor que 37 semanas de gestação, com perímetro cefálico aferido ao nascimento,
menor ou igual que o percentil “3”. Uma vez suspeito, encaminha-se
imediatamente para a rede de referência do Estado da Paraíba, para
complementação diagnóstica. Em João Pessoa: Maternidade Frei Damião, Maternidade
Cândida Vargas, Hospital Lauro Wanderley (HU) e em Campina Grande: Instituto de
Saúde Elpídio de Almeida – ISEA.
De
acordo com o último Boletim do último dia 28 de Novembro, ao qual foi divulgado
na última terça-feira, pela Secretaria de Saúde do Estado, a Paraíba tem 248
casos suspeitos de Microcefalia, distribuídos em 52 Municípios. João Pessoa se
mantém como o Município que mais registrou casos suspeitos, cerca de 50%. 91 % das notificações foram de
recém-nascidos, que se enquadraram na definição de caso suspeito; e as demais
foram de gestantes, cujos fetos tiveram seus diagnósticos através de exames de
ultrassonografia. A nossa região até o último Boletim, tem 06 casos notificados
da enfermidade; sendo, 02 casos notificados em Cacimba de Dentro; 01 em
Araruna; 01 Belém; 01 em Guarabira e 01 em Tacima. É preciso evidenciar que todos os casos estão
sob investigação. De acordo com o
Protocolo da Secretaria de Saúde do Estado, não está se preconizando evitar a
gestação, porém, as gestantes estão sendo orientadas pela Rede de assistência a
ter os seguintes cuidados:
1.
Terem a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os
exames recomendados pelo seu médico;
2. Não consumirem
bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3. Não utilizarem medicamentos sem a
orientação médica;
4. Adotarem medidas que possam reduzir a
presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros
(retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais
de armazenamento de água);
5. Protegerem-se de mosquitos, adotando
medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e
camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes;
6. A utilização do repelente tópico,
considerando a possível relação entre o Zika vírus e os casos de microcefalia
diagnosticados no país. Estudos disponíveis na literatura, conduzidos em
gestantes durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais
durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de
DEET por gestantes não apresenta riscos.
5. Protegerem-se de mosquitos, adotando
medidas como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas, uso de calça e
camisa de manga comprida e utilização de repelentes indicados para gestantes;
“Estamos
em meio a uma epidemia de Microcefalia. Estudos recentes revelam até o momento,
a relação da patologia com o Zika Vírus, a partir do Protocolo desenvolvido,
que tem como objetivo investigar os casos suspeitos, e formalizar um modelo de
atendimento. Assim sendo, é preciso evidenciar que o referido protocolo poderá
ter modificações de acordo com o estudo realizado, uma vez que essas
manifestações clínicas e neurológicas são recentes na literatura, e está sendo
um desafio para a Medicina. Até o momento, portanto, avaliou-se ser o Zika
Vírus a infecção crucial que está desenvolvendo o referido surto de microcefalia;
acometendo assim o Sistema Nervoso Central. Assim, a 2° Gerência de Saúde juntamente
com a Secretaria de Saúde do Estado, vem acompanhando atentamente o protocolo
de atendimento, bem como todas as mudanças, para fazermos o devido apoio aos
municípios de nossa região; inclusive estamos repassando semanalmente a
divulgação dos Boletins. Precisamos continuamente engajar-se coletivamente para
que não se tenha uma geração de pessoas com Microcefalia”. Finaliza o
Gerente de Saúde.
Gerente de Saúde.
Da Redação