
As duas pessoas presas hoje e Mário
Fernando seriam responsáveis pelo golpe da “lista telefônica”, que
oferecia publicidade para as empresas. Os donos dos estabelecimentos
assinavam o contrato enviado por email e depois disso eram informados
que tinham descumprido as cláusulas contratuais, por esse motivo deviam
pagar várias multas ou seriam alvos de bloqueios judiciais. As vítimas
geralmente pagavam os valores e só percebiam que tinham caído em um
golpe quando descobriam que não existia nenhuma ação judicial contra
elas.
As investigações começaram em 2014 depois
do registro na Delegacia de Defraudações e Falsificações do desvio de
R$ 700 mil da conta bancária da churrascaria onde os suspeitos
trabalhavam. “O trabalho teve inicio com o pedido de algumas medidas
judiciais, entre elas a quebra de sigilo bancário dos suspeitos, a
partir daí descobrimos que existia um golpe dentro do golpe, ou seja,
eles que eram empregados da empresa usavam a lista telefônica para
desviar dinheiro da churrascaria. Os três podem ter lucrado mais de R$ 1
milhão praticando esse tipo de golpe”, informou o delegado titular da
Delegacia de Defraudações e Falsificações, Lucas Sá, responsável pelas
investigações.
Depois da descoberta dessa fraude, os
dois funcionários da churrascaria pediram demissão, mas continuaram
mantendo contato com o gerente geral. O desvio do dinheiro fez o
proprietário do estabelecimento desconfiar e trocar o gerente
financeiro, com isso Mário Fernando idealizou outra ação criminosa,
simulou um roubo ao cofre da churrascaria. A ideia era intimidar a nova
gerência financeira para ele voltar a ter o controle do estabelecimento e
continuar praticando os golpes.
As câmeras de segurança da churrascaria
ajudaram a polícia na investigação. As imagens mostraram o momento em
que o gerente geral Mário Fernando fazia gestos para os ladrões dando a
entender que conhecia os criminosos.
A participação dele no crime foi
confirmada durante a prisão de Nielson Douglas Araújo Sousa que
confessou ter praticado o roubo. A prisão preventiva de Mário Fernando
foi expedida pela 1ª Vara Criminal de João Pessoa. E agora com a
confirmação do envolvimento dele no desvio do dinheiro da churrascaria e
no golpe da “lista telefônica” uma nova prisão preventiva foi
solicitada. Ele agora vai responder na Justiça também por estelionato.
Os outros dois suspeitos foram autuados pelo mesmo crime. Os três vão
aguardar a audiência de custódia na carceragem da Central de Polícia no
Geisel.
Da Redação
Secom PB