
Do lado da petelândia, quem corre hoje mais risco é Antônio Palocci Filho. O ex-ministro da Fazenda é apontado, também, como outra bola da vez bem previsível. Nos bastidores do judiciário, Palocci é apontado como um dos próximos altos das operações da Lava Jato. O desgaste dele será mais um programado para fechar o cerco sobre Luiz Inácio Lula da Silva - cabra marcado para se ferrar em algum momento, mais adiante.
Quem também corre perigo, por previsível pressão violenta da petelândia é Michel Temer. Se ele realmente tomar o lugar da Dilma, conforme constitucionalmente previsto, a petelândia com grande influência no Ministério Público e no Judiciário fará de tudo para que ele também seja alcançado por algum problema judicial. Delações premiadas na Lava Jato, onde Temer já foi alvo de quatro citações pelo menos, representam alto risco para o quase Presidente do Brasil.
As perguntas inevitáveis ficam no ar: Como Michel Temer vai combater essa corrupção generalizada, sobretudo a cometida pela tal Quadrilha Legislativa, mas não só ela? Como Michel Temer vai diminuir o tamanho deste poder público perdulário e corrupto que é a raiz verdadeira de QUASE TODOS OS MALES que nos afligem? Como Temer pretende lidar com a Lava Jato?
O Alerta Total insiste: Temer tem tudo para ser uma Dilma melhorada - o que não é suficiente para o Brasil como Nação. Ele e seu PMDB continuarão no poder, como fazem há 31 anos, desde 1985. Corremos alto risco de seguir sob a ditadura do crime organizado. Afinal, somos apenas um arremedo de democracia. Na verdade, operamos em um estado antidemocrático de suposto direito.
Por que o Brasil não é uma Democracia? Resposta objetiva: porque não temos segurança do Direito, porque não temos os cidadãos exercendo o controle social da máquina estatal, porque sofremos a influência direta de organizações criminosas, travestidas de políticas, na administração da coisa pública. Além disso, as eleições brasileiras são uma "caixa-preta", já que o moderno sistema eletrônico de votação não permite uma simples e honesta auditoria, via recontagem impressa de votos. Como também não temos um sistema distrital ou distrital misto para a escolha dos parlamentares, a dogmática urna eletrônica acaba escolhendo representantes sem legitimidade - o que se reflete na baixa qualidade do parlamento brasileiro.
Da Redação
Por Roberto Tomé