
Atualmente, no Brasil, o glaucoma atinge aproximadamente um milhão de pessoas. Esse número, entretanto, pode crescer 25%, de acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.
A explicação dele para esse aumento vai além da dificuldade da descoberta do problema. O colírio, medicamento utilizado para o tratamento custa em média R$ 200 e, portanto, poucos pacientes têm acesso.
Para piorar a situação, um em cada quatro brasileiros que têm a doença dependiam da distribuição de colírio gratuito no programa de assistência do Ministério da Saúde que foi interrompida.
Doença
O glaucoma é decorrente de enfermidades que dificultam o escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Isso leva ao aumento da pressão intraocular que comprime o nervo óptico e causa a morte de suas células que não se recompõem.
A doença não apresenta sintomas e a perda da visão só é percebida quando mais de 40% das células da camada do nervo óptico foram perdidos. Por isso, metade dos diagnosticados em campanhas não buscam pelo segundo frasco de colírio e 20% dos portadores abandonarem o uso.
A única forma de evitar a perda da visão no glaucoma de ângulo aberto, que representa 90% dos casos, é o uso contínuo de colírio. Para interromper este processo são indicados medicamentos que mantêm a pressão interna do olho em nível normal, entre 10 e 21 mmHg.
Exame
Para detectar o glaucoma é preciso um exame médico oftalmológico completo, com aferição da pressão intraocular e avaliação do fundo de olho. Apenas desta forma o médico pode suspeitar da doença. As informações são da A Tribuna.
Fonte Nordeste1