
“A Polícia Civil, diante das provas
coletadas, concluiu pelo indiciamento de Vitor Chaves pela contravenção
penal prevista no artigo 21, do Decreto Lei 3.688, vias de fato,
conforme demonstrado no laudo pericial das imagens das câmeras de
segurança do prédio e pelo depoimento da vítima”, afirmou em nota
oficial.
Continua depois da Publicidade
O G1 entrou em contato com a assessoria
de imprensa do cantor e aguarda retorno. O empresário dele não foi
localizado nesta terça-feira (4).
A investigação foi conduzida pela
delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão Especializada no Atendimento à
Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (Demid) de Belo Horizonte.
Ela aguardava perícia das imagens do circuito de segurança do prédio do
casal para concluir o inquérito. A polícia não deu detalhes sobre o
laudo.
Em 13 de março, a delegada divulgou que o
exame de corpo de delito de Poliana foi negativo para lesão corporal,
isto é, não havia comprovação de lesões aparentes.
Contudo, este resultado não descartava a possibilidade de agressão sem deixar marcas.
Na data, Danúbia afirmou também que, de
acordo com as declarações prestadas por Victor em depoimento um dia
antes, houve um desentendimento familiar com a mulher, causado pelo fato
de ele ter levado a filha para o apartamento da mãe dele, que fica no
mesmo prédio. Conforme a delegada, o artista disse que a mulher teria
ficado muito nervosa com a situação.
“Segundo o investigado, para contê-la
pelo fato de ele estar muito preocupado de ela sair naquele estado e
levar a bebezinha de um ano e um mês, ele teve que contê-la para evitar
um prejuízo maior para a filhinha. Segundo ele, ele não agrediu a
vítima. Segundo ele, ele não chutou a perna da vítima, não empurrou a
vítima ao chão”, contou a delegada sobre o depoimento prestado em 12 de
março.
Ainda conforme a delegada, no dia 24 de
fevereiro, Poliana procurou uma delegacia. Entretanto, ela não aguardou o
atendimento, alegando que estava com pressão baixa.
Segundo a delegada, Poliana retornou no
dia seguinte para prestar declarações e também apontou o fato de o
marido ter levado a filha na casa da sogra como a causa do
desentendimento. A polícia continuou investigando o caso, porque,
segundo a Lei Maria da Penha, registros de agressão independem de
representação para serem apurados.
G1