
Na ocasião, os representantes das entidades sindicais da Paraíba realizaram uma coletiva com a imprensa sobre o Dia Nacional de Greve no Estado. A greve geral é um protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização, que estão no Congresso Nacional para serem votadas. A manifestação está sendo convocado por oito centrais sindicais que, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores em todo o país.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Paraíba, Paulo Marcelo, disse que várias categorias já anunciaram adesão a greve, entre elas, bancários, comerciários, transportes coletivos e ferroviários. Ele revelou ainda que a movimentação começará às 4h de sexta-feira, em todo o Estado, com o bloqueio de estradas e fechamento dos portões de garagens de ônibus coletivos.
“Vamos fechar o comércio e estamos contando com o apoio dos trabalhadores”, enfatizou. Cerca de 150 mil pessoas serão mobilizadas em todo o Estado. Para o Ponto de Cem Réis são esperadas 10 mil pessoas.
Segundo Marcelo, na próxima quinta-feira, às 9h, haverá nova reunião, também no auditório da Fetag, quando as centrais sindicais vão definir toda a estratégia para o dia da greve geral. Ele disse ainda que está prevista para às 14h a concentração de trabalhadores e trabalhadoras no Ponto de Cem Réis.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba, Antônio Erivaldo de Sousa, anunciou a participação da categoria na greve geral. Segundo ele, a PEC 287/2016 do Governo Federal, que prejudica a aposentadoria dos policiais civis, federais, rodoviários federais e agentes penitenciários, não pode ser aprovada.
Com a reforma da Previdência Social em tramitação no Congresso, disse Erivaldo, caso a PEC 287/16 seja aprovada, esses policiais não mais serão aposentados com o atual direito da paridade e integralidade de seus vencimentos, além de perderem o reconhecimento da atividade de risco garantida pela Constituição Federal atual, Inciso II, Parágrafo Único do Art. 40. Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, que foi anunciado pelo Vaticano no início do mês passado como novo arcebispo da Paraíba, gravou uma mensagem convocando a população para participar das manifestações contra a reforma da Previdência. "Sabemos que esta reforma implica em tirar direitos adquiridos dos trabalhadores e assegurados na Constituição de 1988", diz o religioso.
Redação com sopb