
O pedido foi feito pelo advogado Inaldo Leitão, ex-deputado federal da Paraíba. Assim, se Luiz Antônio for habilitado poderá ser ouvido e fornecer dados e evidências referentes ao andamento do processo. Entretanto, com base jurisprudência do STJ, a tendência é que esse pedido seja rejeitado.
Um dos pontos do regimento do tribunal aponta o seguinte: “Esta Corte não tem admitido, em habeas corpus, a intervenção em desfecho favorável ao paciente, por se cuidar o writ de ação-garantia de natureza constitucional exclusivamente à tutela de liberdade”.
Já o advogado Edward Johnson, que atua na defesa do prefeito interino , não viu fato novo no parecer da PGR pela soltura e retorno do prefeito Berg Lima ao cargo. “O parecer não vincula a decisão que haverá de ser tomada pelo STJ, tratando-se de manifestação opinativa que diverge do entendimento do Ministério Público Local e do Tribunal de Justiça da Paraíba”, afirmou.
O advogado também criticou o parecer e acredita que ele não será seguido pelos integrantes da Sexta Turma do STJ que deverá apreciar o processo na próxima semana. “Há de se reconhecer que o parecer do procurador Eitel Santiago é no mínimo inusitado ao sugerir uma nova forma de governar; ser prefeito sem poder ordenar despesas nem manter contato com fornecedores”, criticou.
Berg Lima foi preso em flagrante no dia 5 de julho em uma operação da Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado da Paraíba (Gaeco-PB) quando recebia suposta propina.
Na ação, ele é acusado de exigir e efetivamente receber, em três ocasiões distintas (26/04/2017, 30/06/2017 e 05/07/2017), as quantias de R$5.000,00, R$3.000,00 e R$3.500,00, respectivamente, totalizando R$11.500,00. Valores que foram entregues pessoalmente ao gestor municipal como condição para que a municipalidade pagasse parte da dívida que tinha para com a empresa de alimentos.
Com portalcorreio