De acordo com o laudo, ocorreu a decomposição de matéria orgânica na água. Isto gerou a produção de gases que expulsaram o oxigênio, o que causou asfixia aos envolvidos.
A quantidade mínima de oxigênio deve ser de 19%. Porém, no local encontraram cerca de 3,4%.
As mortes ocorreram no dia 12 de janeiro de 2017. Neste dia, quatro pessoas morreram e outras quatro foram socorridas passando mal, após entrarem nos poços para realizar a limpeza.
Na ocasião, foram levados para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Entre as vítimas, está Luciano Costa, que comentou não lembrar-se do ocorrido, apenas de ter corrido para ajudar e ter inalado um gás. Após isto, perdeu a consciência e acordou no hospital.
O exame foi realizado através de uma equipe multidisciplinar do Instituto de Polícia Científica (IPC) junto à UEPB e UFCG.
"Os parâmetros demonstram que havia uma atividade bacteriana produzindo a decomposição da matéria orgânica, e gerando a produção de gases como metano e o dióxido de carbono que foi responsável pela expulsão do oxigênio do espaço confinado, o poço", informou o responsável pela conclusão técnica pericial do laudo, o perito Robson Félix.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Campina Grande, os poços têm cerca de 10 metros de profundidade e se passar um longo período no local, a falta de oxigênio é comum.
A instituição federal de pesquisa em segurança do trabalho interessou-se pelo tema e pretende iniciar um grupo de pesquisas direcionados a ensinar procedimentos aos trabalhadores rurais que atuam nestas condições.
Redação com Mais PB e Eduardo Figueiredo