
“Eu venho da região do Brejo, saí de Bananeiras com onze anos de idade. Trabalhava na roça e pescaria, a gente comia o que conseguia. Em João Pessoa, eu trabalhei como doméstica, mas ainda arranjava tempo para estudar. Com muito esforço e dedicação passei, em primeiro lugar, no concurso público da Justiça Federal”, contou Angelita, que tem sete filhos, sendo um biológico e seis adotivos. As irmãs gêmeas, Geyse e Geysa, filhas de Angelita, estiveram na sessão e não esconderam o orgulho de ver a mãe sendo homenageada.
Residindo na Capital há trinta anos, a servidora pública ressaltou que estava muito feliz em receber a cidadania pessoense, e que a data era marcante. Ela disse que a homenagem é fruto de um trabalho social desenvolvido para ajudar as pessoas que precisam, por exemplo, de um atendimento médico, ou mesmo da intermediação junto à Justiça Federal para conseguir doações para organizações não governamentais e instituições filantrópicas. “Para que eu possa ajudar alguém, eu preciso de outras pessoas”, afirmou.
Para Helena Holanda, é uma honra e uma alegria reconhecer pessoas valorosas, que prestam serviços relevantes à cidade de João Pessoa. “Angelita é uma mulher que está sempre pronta para ajudar as pessoas com deficiência e outras pessoas carentes, que necessitam de apoio e cuidados”, assegurou a parlamentar. “Ela tem um empenho muito grande em ajudar e colaborar com as instituições que trabalham com portadores de necessidades especiais”, reforçou.
Além da vereadora e da homenageada, a mesa foi formada pelo juiz Rudival Gama do Nascimento e pelo servidor Cícero Caldas, da Justiça Federal da Paraíba (JFPB), bem como pela amiga da jornalista, Alice Berta. Os três não pouparam elogios a Angelita. “Uma pessoa extremamente competente, mãe de família e batalhadora”, assegurou o servidor Cícero. “Uma excelente funcionária. Uma pessoa de Deus e de família, isso se reflete no trabalho dela”, enfatizou o magistrado. “Nunca deixou ninguém na mão”, observou Alice.
Paulo de Pádua/Secom/CMPJ