⁠⁠⁠Brincadeira temerária do Meirelles

Considerado o ministro-chave para que se cumpra a promessa de "salvação nacional", Henrique Meirelles já começou produzindo a primeira brincadeira de péssimo gosto, altamente temerária, de a gestão Michel Temer - aquele que é vice da afastada Dilma Rousseff desde o primeiro mandato dela. Sem combinar com ninguém da equipe governamental, Meirelles cometeu a bobagem sincera de defender a criação de um tributo temporário para viabilizar o tão propalado ajuste fiscal.

Henrique Meirelles perdeu a chance de ficar calado, mas o holofote da mídia mexe com a vaidade de quem adoraria ser Presidente da República, mas não tem capacidade de conquistar um mandato no voto. Meirelles não falou explicitamente na CPMF, mas a referência que fez foi clara: "O nível tributário do Brasil é elevado e, para que o país volte a crescer, é importante que tenhamos uma diminuição do nível de tributação. Mas também é importante hoje o equilíbrio fiscal. Assim, caso seja necessário algum tributo, ele será aplicado e, certamente, será temporário. Segundo Meirelles, o governo começa hoje, e as ações que serão tomadas não podem ser anunciadas com pressa apenas para satisfazer uma curiosidade natural".

O papo de "ajuste fiscal" é o mesmo de sempre. O desgoverno nunca faz a parte dele. Mas cumpre a extorsiva tarefa de sugar cada vez mais os recursos de quem comete a ousadia de produzir no Brasil. Não fosse a economia informal, que a gestapiana máquina de arrecadação tenta combater impiedosamente, o País já teria se fragmentado em uma crise ainda maior. Nosso problema é estrutural, mas a zelite política e rentista prefere não mudar o modelo. Até a hora em que os efeitos de uma ruptura institucional violenta acabar com os "bernes".

Com a primeira mancada de Meirelles a gestão tampão de Temer começa esquisita. O próprio Presidente já havia cometido a primeira falha política ontem, logo no primeiro discurso, ao não assumir, claramente, o compromisso explícito com a redução dos 93 impostos, taxas, contribuições, e a imensa "burrocracia" que inviabilizam a atividade produtiva no Brasil. Nada custa repetir a Meirelles e Temer: os brasileiros não são apenas contra; eles não aguentam mais sustentar uma máquina pública ineficiente, perdulária e corrupta.

Para de brincadeira, Meirelles. É mais que temerário falar de CPMF, com 25 milhões de desempregados, 70 milhões de endividados-inadimplentes e milhares de empresas quebrando ou pedindo recuperação judicial. Menos "Original" que isto é o companheiro Meirelles (amigão de Lula) pegar um Banco Central que já ficou sobre comando de um empregado do Bradesco e entregá-lo, agora, para um alto-funcionário do Itaú.
Por: Roberto Tomé

Postagem Anterior Próxima Postagem

Ultimas do seu time