"SURPRESA" Maia quer conversa com Meirelles antes de eventual aumento de imposto

O novo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (18) em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, que quer conversar com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, antes de eventual proposta de aumento de imposto. Para Maia, o "brasileiro não tem condição de pagar mais imposto hoje". Maia também disse ser favorável à cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na madrugada da última quinta-feira (14), Rodrigo Maia venceu, na disputa pela presidência da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), apontado como candidato favorito do Palácio do Planalto, no segundo turno da eleição, por 285 votos a 170. Nos últimos dias, ele tem defendido diálogo com os demais poderes e também com todos os partidos para fazer ao país voltar a crescer.
No "Roda Viva", nesta segunda, Maia foi perguntando se vai pautar eventual aumento de imposto na Câmara se chegar proposta do Executivo sobre o tema. "Se chegar, eu espero conversar com o ministro da Fazenda antes, porque ele é muito mais preparado do que eu sou, para mostrar para ele o seguinte: as famílias e as empresas brasileiras estão excessivamente endividadas", declarou.

"Não é aumentando imposto que você vai resolver o equilíbrio fiscal do Brasil", completou. "Óbvio que quando você faz reforma no Estado, óbvio que o governo vai dizer: 'se precisar, vamos aumentar imposto'. O problema é que o brasileiro não tem condição de pagar mais imposto hoje. Não é questão de querer ou não querer. A questão é não poder", disse Maia.

“O caminho do governo é o caminho que o ministro Henrique Meirelles [Fazenda] está fazendo nesse momento: reformar no lado da despesa”, afirmou Maia.

O presidente recém-eleito da Câmara destacou, na entrevista, que a Casa tem como prioridade, na economia, a votação de três projetos: o que desobriga a Petrobras de participar dos projetos do pré-sal, o que trata do teto da dívida pública dos estados e a reforma da Previdência, que ainda não foi enviada ao Congresso pelo Executivo.
Fonte: G1
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